30/04/2012

Crônicas de New York - especial dia das mães


Acordei tarde e a cama não queria sair de mim. Levantei e mesmo assim algo insistia em me deixar deitado. Era o “banzo”. Muita saudade da minha terra, da minha família e principalmente da minha mãe.
Foi quando finalmente reuni forças, tomei meu café, banho e parti para o trabalho. Tracei uma reta, quase que de cabeça baixa e cheguei à loja. Nenhum remédio é melhor do que a música. Liguei o som alto, comecei a cantar, dançar e arrumar a loja para abrir. Mas o que eu não sabia era que a porta já estava aberta.
Surpreendido com a cliente, eu passei a atendê-la mais que gentilmente. Falei sobre os produtos, fiz com que ela experimentasse, mostrei novidades da loja e finalmente fiz a venda. Quando já estava saindo da loja, ela vira e me pergunta: - Você fala inglês?
Pausa para me situar, e agora situar vocês na minha experiência. Eu estava em Nova Iorque, atendendo uma americana e percebi que havia estado com ela mais de 20 minutos e só falei em português. A mulher por sua vez, foi tão educada que não me interrompeu hora nenhuma e apenas perguntou na saída para satisfazer a curiosidade de como eu trabalhava sem falar inglês. A verdade é que se isso fosse verdade, eu seria um bom vendedor. Finalizei a compra mesmo não fazendo entender nada. Risos!
Explicação para isso era a saudade da minha mãe. Uma pessoa que faz mais que falta em minha vida. Separados por milhas de distância física, aproximados pela tecnologia (telefones, internet e outros) e colados no amor.
Minha mãe fez da minha experiência a mais saudosa possível e nada melhor que o Dia das Mães para declarar isso. É sempre com ela que choro minhas pitangas, descontos minhas frustrações, conto nas horas difíceis, mas ao mesmo tempo em que mais me cerca de amor.
Minha mãe sempre diz que saudade é o que sentimos de pessoas que nunca mais iremos ver, o que sinto é falta por não estar perto. Verdade ou não, teoria correta ou não, a dor é de saudade. Morar fora e não poder contar a qualquer momento com um colo de mãe, faz com que você sinta dor de saudade e não de falta.
A verdade é que a mulher que te cria pra vida, nunca te ensina a perder o vicio de não contar com ela. Acho que isso serve para todas as mães. Um amor incondicional aos filhos e vice-versa.
Todas as mães são as melhores do mundo, mas a minha além de melhor é especial... É minha!
E aqui vamos aos poucos contando nossas experiências por aí afora... com um pouco de humor e com muito amor. Essa é minha vida. Esse sou eu!
Felicidades a todas as mães pelo seu dia, que é todo dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário